domingo, 3 de abril de 2011

CRISE!!!

CRISE! CRISE! CRISE! Crise da Bolsa, crise na Europa, crise no trabalho, crise no casamento, crise no namoro, crise dos 20, dos 30, dos 40 e dos 50. Parece-me que vivemos em crise!! Comemoram os advogados, os médicos e psicanalistas. Um monte de gente doida e aperreada batendo na porta. Estamos sempre buscando mais não sei o que. “Não era bem assim que eu queria, não era bem isso que eu esperava”... e assim seguimos nossas vidas completamente em CRISEEEEEE Aff! Para onde vamos com isso?!!! Que tal fazermos uma experiência? Vamos acordar de manhã e começar agradecendo por abrirmos os olhos, pois muita gente não pode fazer o mesmo. Aí você poderá pensar que o que adianta estar vivo SE SUA VIDA É UMA DROGAAAAAA!!!! Sabe aqueles chavões do tipo VEJA O LADO BOM DE CADA COISA?... Talvez possa funcionar sim. Seu chefe é uma MALA SEM ALÇA, SEM RODINHAS? Pense que pelo menos você tem emprego e que nenhum será COMPLETAMENTE perfeito. Seu marido é meio preguiçoso, não gosta de trabalhar? O importante é que ele te dá um bom sexo, bem relaxante, importante naquele dia em que seu chefe te deixou subindo pelas paredes. Ahhh! Você é solteira? Então, para você, o mundo é um livro a ser escrito, cheio de possibilidades e INÚMEROS finais ou continuações. Bom, não importa o que você faça... E se a TPM apertar, DEVORE, sem CULPA, aquele potão de sorvete e fique FELIZ. Afinal, ficar de mau humor, JURURU, não vai mudar em nada a sua vida. Só torna-la-á (mesóclise tirada lá do fundo da GRAMÁTICA) mais complicada de ser vivida.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O DIA EM QUE O SACI FOI AO SHOPPING

Talvez, o cético leitor tenha estranhado o título desta crônica que se desenrola. Mas devo preveni-lo de que o fato anunciado é verídico e de que não há sombra de dúvidas quanto aos fatos narrados por uma professora, que nesse dia exercia o santo ofício da mãe de família.

Vamos assim aos fatos. Era uma quarta-feira de agosto, quando mãe e filha resolveram fazer um passeio. A escolha foi rápida: “vamos ao shopping” – pensou a mãe da garota. Elas iriam assistir a um filme infantil que estava sendo exibido naqueles dias e aproveitar para conferir umas promoções. Como toda mãe sabe, “criança cresce rápido” e a diligente mamãe, com o cartão de crédito do marido em punho, pretendia renovar-lhe o guarda-roupa.

Assim, depois de passearem bastante naquele mundo de encantos, diga-se “para uns de horrores”, que é o shopping, decidiram tomar um lanchinho enquanto esperavam a sessão começar. Tal foi a surpresa da menina em encontrar o ser da mitologia brasileira passeando entre as lojas daquele centro de compras. Poi, ela havia aprendido na escola, durante aquele mês do folclore, que o saci – negro e de uma perna só – era um moleque “apimentado”, mas que não existia de verdade... coisa que o povo inventava e que passava de pai para filho.

Os olhos daquela menina de quatro anos ganharam uma alegria diferente. As maçãs do rosto ganharam uma nova cor. O sorriso abriu-se escancarado cheio de emoção. A sua frente estava um homem baixinho, negro e sem uma das pernas. “Ué! Só podia ser o saci, que saltava das páginas dos livros de historinhas para o mundo real.

— Mamãe! Olha o saci, mamãe!! Ele existe!!!

Gritava a menina aos pulinhos sem parar. A mãe, por sua vez, envergonhada do pequeno engano da filha e percebendo o incomodo do “suposto saci” e que o “dito cujo” quase saltava para esganar sua doce pequena filhinha – se não fosse o impedimento da perna – metia a mão na boca da garota, tentando impedi-la de extravasar sua alegria. Entretanto, penso eu, que a criança, por sua vez, tinha toda razão na sua reação. Afinal, o saci existia e estava no shopping!!!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Nessa madrugada fria
Vazia de ti
Preciso tocar-te
Ouvi tua respiração
Cada estalo desse silencio sepulcral
São gemidos de minha alma
Que sem ti padece
Chora
Inexiste

sábado, 20 de junho de 2009

Canção para você

Hoje eu escrevi esta canção para você
E isso fiz apenas por um motivo
Não porque és o mais bonito
Um dia aparecerá outro mais belo
E eu partirei com ele
Não por seres o mais perfeito
Há muito já conheço teus defeitos
Não por seres o mais esperto
Afinal, já te enganaram algumas vezes
Não por seres o mais brilhante,
Pois compreendo tuas limitações
Não por te achar infalível
Também já vi você errar
Não por seres o mais generoso
Podes esquecer da misericórdia um dia
Não por me amares tanto
O amor não espera que o amem
Não por te preocupares comigo
Uma vez a doença pode te fazer esquecer
Não por estar perto
Ainda o quereria bem mesmo na distância
Não por me ensinares o que sabes
Aprenderia só de ti olhar
Não pelos conselhos
Outros também os darão
Não pelas lágrimas que por minha causa derramaste
Porque um dia derramarei as minhas por ti
Mas apenas por você ser meu pai
E isso já basta para eu te amar

quarta-feira, 3 de junho de 2009

POEMA 2

Só peço que escute mais uma vez
Palavras são apenas palavras
Dançando no ar para teus ouvidos
Mas nelas há um grunhido
Saído de minhas entranhas
Um grito calado
A dor abafada
Jazem ensopadas de meus oceanos de dores
Pensamentos cheios e vazios
Porque há detalhes que apenas se sentem

poema 1

Ah... eu preciso
Necessito derramar o meu medo
Angustia de ser
ou mesmo outra
Sinto águas me cercarem por todos os lados
E eu afundo
Me afogo
Perdo-me em uma confusão de sentimentos
Identidade¿
Já não me vejo
Quem és¿
Minha voz toca, bate e volta
Nas pedras do esquecimento
VOCÊ, VOCÊ, VOCÊ!!!

sábado, 31 de janeiro de 2009

A poesia da vida

I.

Tudo muda tão rápido,
Tudo se move
Tão rápido
O vento soprou
As folhas voaram
Eu vi uma borboleta amarela!
Olha o homem andando apressadamente
O mundo passa tão rápido
Olhado da janela do ônibus
As pessoas, as casas, a paisagem
Desfazem-se em imagens
Em cores
E de repente tudo fica cinza.


II.

O menino não cabe mais em suas roupas
E o mundo não cabe mais no peito do menino
A vida era tão simples...
Brincar de guerra atrás da fábrica
E de se esconder atrás de casa
Subir numa árvore
E sentir o vento na cara
Ir dormir com medo de assombração
Tomar banho de rio
Caçar caranguejo na maré
De repente o vento soprou tão frio...
O que fazem esses pêlos no rosto do menino?
Não sei
Ah! A vida é tão complicada...
06/07/05

III

TIC TAC! TIC TAC! TIC TAC!
TIC TAC! TIC TAC! TIC TAC!
BUM!
Uma lágrima escorreu na face
Uma gota (de sangue) rolou pro chão.
08/07/05



IV

Ainda é cedo...
Cedo para saber quem sou,
Saber o que quero,
Ser quem você quer,
Me transformar nisso que espera.
Eu não estou nem aí para sua opinião
Não serei mais uma de suas vítimas
Farei o que não me é conveniente
Na verdade, inconveniente para você
Você não me conhece
A minha lágrima
Foi a gota a nutrir a garganta poética
Não irei desistir de mim por sua causa
Seria mentir dizer que sinto.
29/09/05