sábado, 31 de janeiro de 2009

A poesia da vida

I.

Tudo muda tão rápido,
Tudo se move
Tão rápido
O vento soprou
As folhas voaram
Eu vi uma borboleta amarela!
Olha o homem andando apressadamente
O mundo passa tão rápido
Olhado da janela do ônibus
As pessoas, as casas, a paisagem
Desfazem-se em imagens
Em cores
E de repente tudo fica cinza.


II.

O menino não cabe mais em suas roupas
E o mundo não cabe mais no peito do menino
A vida era tão simples...
Brincar de guerra atrás da fábrica
E de se esconder atrás de casa
Subir numa árvore
E sentir o vento na cara
Ir dormir com medo de assombração
Tomar banho de rio
Caçar caranguejo na maré
De repente o vento soprou tão frio...
O que fazem esses pêlos no rosto do menino?
Não sei
Ah! A vida é tão complicada...
06/07/05

III

TIC TAC! TIC TAC! TIC TAC!
TIC TAC! TIC TAC! TIC TAC!
BUM!
Uma lágrima escorreu na face
Uma gota (de sangue) rolou pro chão.
08/07/05



IV

Ainda é cedo...
Cedo para saber quem sou,
Saber o que quero,
Ser quem você quer,
Me transformar nisso que espera.
Eu não estou nem aí para sua opinião
Não serei mais uma de suas vítimas
Farei o que não me é conveniente
Na verdade, inconveniente para você
Você não me conhece
A minha lágrima
Foi a gota a nutrir a garganta poética
Não irei desistir de mim por sua causa
Seria mentir dizer que sinto.
29/09/05

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